As dimensões geográficas dos Arranjos Produtivos Locais
DOI:
https://doi.org/10.4067/S0718-34022014000300012Palabras clave:
Arranjos produtivos locais, circuito espacial de produção, redes de distritos, rede urbana, especialização territorial produtivaResumen
O presente artigo tem como objetivo aprofundar a discussão sobre os Arranjos Produtivos Locais (APLs), considerando determinadas visões geográficas a pensar sobre a configuração espacial e os processos econômicos e sociais que os caracterizam, visto que configuram uma ampla gama de territorialidades e territórios produtivos que demarcam a paisagem brasileira atual. Nesse sentido, APLs estão presentes na atualidade tanto na figura de conceito analítico para quem estuda o desenvolvimento regional, quanto como política pública de apoio às redes e cadeias produtivas em suas bases territoriais, sobretudo de pequenos negócios. Assim, esses arranjos podem ser lidos, geograficamente, como especializações territoriais produtivas que comportan como circuitos espaciais de produção, integrados à outras regiões, localidades e cadeias produtivas através da morfologia de redes e de distritos, e alicerçados em sistemas e redes urbanas de fluxos materiais e imateriais que fazem aproximar centros urbanos de diferentes dimensões. Considerando a multidimensionalidade do tema, os APLs apresentam certas fragilidades do ponto de vista de seus postulados e perspectivas, sobretudo pelas limitações da ferramenta se pensada apenas em recursos e políticas aplicada no nível local. Sugerir a abordagem de uma "geografia dos APLs" é buscar tratá-lo a partir de uma leitura territorial e socioespacial