Twitter y la (de)construcción del mito: Maradona y el activismo digital feminista

Julen Orbegozo Terradillos; Jordi Morales-i-Gras; Ainara Larrondo Ureta

doi:10.7764/cdi.52.34147

Autores

Julen Orbegozo Terradillos Universidad del País Vasco
Jordi Morales-i-Gras Universidad del País Vasco
Ainara Larrondo Ureta Universidad del País Vasco

DOI:

https://doi.org/10.7764/cdi.52.34147

Palavras-chave:

redes sociais, mitos, feminismo, Big data, ativismo digital, hashtivismo, Maradona, twitter

Resumo

O artigo examina o uso do Twitter por parte das ativistas digitais feministas para desmistificar a figura de Diego Armando Maradona no ciberespaço após sua morte um 25 de novembro de 2020. O esportista representa ao mesmo tempo um ídolo no mundo do futebol –mito maradoniano– e um objeto de rejeição por suas ações violentas contra diferentes grupos, incluindo as mulheres. Esta pesquisa analisa a contribuição das audiências interativas para a construção e desconstrução deste mito, com base nos resultados de análise de mais de cinco milhões de tweets processados utilizando as técnicas de big data em Pajek e Gephi. São detectadas 23 comunidades que participam principalmente na conversa para mitificar Maradona, ainda que uma em cada quatro tweets critique ou desaprove a sua figura. Os conteúdos de acordo com os postulados feministas lideram o grupo de vozes críticas e contribuem para superar o problema do silêncio que prejudica a liberdade de expressão no espaço público digital e interligado, embora também mostrem um impacto limitado das interações do Twitter para tornar visível e reforçar a luta feminista no espaço digital.

Biografia do Autor

Julen Orbegozo Terradillos, Universidad del País Vasco

Bacharelado em Jornalismo e Publicidade e Relações Públicas. Após dez anos de experiência profissional em gabinetes de comunicação política, atualmente é professor de duas disciplinas: Direção da Comunicação Pública na Universidade do País Basco, e Comunicação Interpessoal e em Grupo. Suas principais linhas de pesquisa são a comunicação política/eleitoral, a desinformação e o ativismo em redes sociais. Também ele colaborou com vários meios de comunicação analisando campanhas políticas ou campanhas de instituições públicas.

Jordi Morales-i-Gras, Universidad del País Vasco

Doutor em Sociologia pela UPV/EHU. É sócio e fundador da consultora de análise sociológica Big Data, Network Outsight. Nos últimos anos dirigiu e coordenou pesquisas para clientes de todo o tipo de setores. Como docente e pesquisador colabora com a Escola Universitária de Negócios de Câmara Bilbao, a Universidade do País Basco, a Universidade Aberta da Catalunha, e a Universidade de Girona.

Ainara Larrondo Ureta, Universidad del País Vasco

Doutora em Jornalismo e Mestrada em História Contemporânea. Professora associada na Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade do País Basco. Pesquisadora visitante no Centre for Cultural Policy Research (CCPR) da Universidade de Glasgow. Pesquisadora principal do Grupo Especializado em Inovação Educativa em Comunicação Digital (KZBerri, IKD) e do Grupo Consolidado do Sistema Universitário Basco ‘Gureiker’. Ela participou em mais de uma dezena de projetos de pesquisa competitivos e tem mais de uma centena de publicações cientificas indexadas em bases de dados de prestígio.

Referências

Alabarces, P. (2006). El mito de Maradona o la superación del peronismo por otros medios (The myth of Maradona or the overcoming of Peronism by other means). DeSignis, (9), 211–220. https://www.designisfels.net/wp-content/uploads/2021/05/i9.pdf

Alcaide-Hernández, F. (2009). Futbol fenómeno de fenómenos (Soccer: phenomena phenomenon ). LID Editorial Empresarial S.L.

Álvarez-Ossorio, S. F. (2013). Fútbol y manipulación social (Football and social manipulation). https://www.cafyd.com/HistDeporte/htm/pdf/2-13.pdf

Apodaka, E. & Morales-i-Gras, J. (2016). Redes solidarias en Twitter: un acercamiento a la estructura del independentismo catalán en base a datos capturados en Twitter (Soldarity networks on Twitter: an approach to the structure of the Catalan independence movement based on data captured on Twitter). Virtualis, 7(14), 53–89. https://doi.org/10.2123/virtualis.v7i14.188

Arfuch, L. (2016). El “giro afectivo”: Emociones, subjetividad y política (The “affective turn”: Emotions, subjectivity and politics). DeSignis, 24, 245-254. https://www.redalyc.org/pdf/6060/606066848013.pdf

Baczko, B. (1999). Los imaginarios sociales. Memorias y esperanzas colectivas (Social imaginaries. Collective memories and hopes). Ediciones Nueva Visión SAIC.

Baer, H. (2016). Redoing feminism: Digital activism, body politics, and neoliberalism. Feminist Media Studies, 16(1), 17–34. https://doi.org/10.1080/14680777.2015.1093070

Barker-Plummer, B. & Barker-Plummer, D. (2017). Twitter as a feminist resource: #YesAllWomen, digital platforms, and discursive social change. In J. Earl & D. A. Rohlinger (Eds.), Social Movements and Media (Studies in Media and Communications) (Vol. 14) (pp. 91-118). Emerald Publishing Limited.

Barthes, R. (2013). Mythologies. Hill & Wang.

Bastian, M., Heimann, S., & Jacomy, M. (2009). Gephi: an open source software for exploring and manipulating networks. In Proceedings of the International AAAI Conference on Weblogs and Social Media (vol. 3, Nº1) (pp. 361-362). https://gephi.org/publications/gephi-bastian-feb09.pdf

Batagelj, V. & Mrvar, A. (2002). Pajek - Analysis and Visualization of Large Networks. In P. Mutzel, M. Jünger, & S. Leipert (Eds.), Lecture Notes in Computer Science (pp. 477–478). Springer Berlin Heidelberg.

Batagelj, V., Mrvar, A., Ferligoj, A., & Patrick, D. (2004). Generalized blockmodeling with Pajek. Metodoloski Zvezki, 1(2), 455–467. https://doi.org/10.51936/ofaw1880

Blondel, V. D., Guillaume, J. L., Lambiotte, R., & Lefebvre, E. (2008). Fast unfolding of communities in large networks. Journal of Statistical Mechanics: Theory and Experiment, 8(10), 10008. https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-5468/2008/10/P10008/pdf

Bringel, B. & Pleyers, G. (2020). Alerta global: Políticas, movimientos sociales y futuros en disputa en tiempos de pandemia (Global alert: Policies, social movements and futures in dispute in times of pandemic). Clacso.

Campbell, J. (1949). The Hero with Thousand Faces. Princeton University Press.

Carretero-Pasín, E. (2005). La religiosidad futbolística desde el Imaginario social. Un enfoque antropológico (Football religiosity from the social Imaginary. An anthropological approach). A Parte Rei. Revista de Filosofía, 41, 1–18. http://serbal.pntic.mec.es/~cmunoz11/carretero41.pdf

Chavan de Matviuk, M. A. (2005). The social influence of sport’s celebrities: The case of Diego Maradona (Doctoral dissertation). https://elibrary.ru/item.asp?id=9404255

Congosto, M., Basanta-Val, P., & Sanchez-Fernandez, L. (2017). T-Hoarder: A framework to process Twitter data streams. Journal of Network and Computer Applications, 83(1), 28–39. https://doi.org/10.1016/j.jnca.2017.01.029

Dini, V. (1991). Un eroe, un simbolo, un mito nei rituali del calcio spettacolo (A hero, a symbol, a myth and ritual of the spettacolo calcium). In V. Dini & O. Nicolaus (Comps.), Te Diegum. Leonardo Editore.

Drüeke, R. & Zobl, E. (2016). Online feminist protest against sexism: The German-language hashtag #aufschrei. Feminist Media Studies, 16(1), 35-54. https://doi.org/10.1080/14680777.2015.1093071

Eckert, S. & Steiner, L. (2016). Feminist uses of social media: Facebook, Twitter, Tumblr, Pinterest, and Instagram. In S. Stine & L. Steiner (Comp.), Defining identity and the changing scope of culture in the digital age (pp. 210–229). https://doi.org/10.4018/978-1-5225-0212-8.ch013

Fallarás, C. (2019). Ahora contamos nosotras. #Cuéntalo: una memoria colectiva de la violencia (Now we count. #Cuéntalo: a collective memory of violence). Anagrama.

Fernández-Gómez, J. D., Hernández-Santaolalla, V., & Sanz-Marcos, P. (2018). Influencers, personal branding and political ideology on Twitter. Cuadernos.Info, (42), 19–37. https://doi.org/10.7764/cdi.42.1348

Fotopoulou, A. (2016). Digital and networked by default? Women’s organisations and the social imaginary of networked feminism. New Media and Society, 18(6), 989–1005. https://doi.org/10.1177/1461444814552264

García-Estevez, N. (2015). La convergencia activista en Hong Kong: del ciberactivismo de “Occupy Central” al hacktivismo de “Operación Hong Kong” (Activist convergence in Hong Kong: from cyberactivism of “central occupy” to hacktivism of “operation Hong Kong”). In Move.Net: Proceedings of the I International Congress Move.Net on Social Movements and ICT, 139–156. http://hdl.handle.net/11441/44044

Gómez, R. (2002, July 28-30). Crash: La forma de entretenimiento urbano (Crash: The form of urban entertainment). Presentation in VII Congreso Nacional de Recreación - II ELAREL, (VII National Sympossium of Recreation - II ELAREL). Cartagena de Indias, Colombia.

González, V. (2011). Educación para la ciudadanía democrática en la cultura digital (Education for democratic citizenship in digital culture). Comunicar, 36, 131–138. https://doi.org/10.3916/C36-2011-03-0

Guerra-Martín, A. (2009). Carisma e idolatría en torno a Diego Armando Maradona: el mito mediático (Charisma and idolatry around Diego Armando Maradona: the media myth). Iberoamerica Global, 2(2), 196–215.

Hosterman, A. R., Johnson, N. R., Stouffer, R., & Herring, S. (2018). Twitter, social support messages, and the #MeToo movement. The Journal of Social Media in Society, 7(2), 69-91. https://www.thejsms.org/index.php/JSMS/article/view/475/198

Idoiaga-Mondragon, N., Berasategi-Sancho, N., Beloki-Arizti, N., & Belasko-Txertudi, M. (2021).

M women’s strikes in Spain: following the unprecedented social mobilization through twitter. Journal of Gender Studies, 1-16. https://doi.org/10.1080/09589236.2021.1881461

Iwama, K. (2022). Creatividad rebelde feminista. Tejiendo la colectividad a través de la reivindicación del cuerpo y la apropiación de la performance "Un violador en tu camino" del Colectivo Lastesis (Feminist rebel creativity. Weaving the community through the vindication of the body and the appropriation of the performance "A rapist in your path" by Colectivo Lastesis). Revista de estudios de género: La ventana, 6(55), 337-369. https://doi.org/10.32870/lv.v6i55.7351

Jacomy, M., Venturini, T., Heymann, S., & Bastian, M. (2014). ForceAtlas2, a continuous graph layout algorithm for handy network visualization designed for the Gephi software. PLoS ONE, 9(6), e98679. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0098679

Laudano, C. (2019). #NiUnaMenos en Argentina: Activismo digital y estrategias feministas contra la violencia hacia las mujeres (#NiUnaMenos in Argentina: Digital activism and feminist strategies against violence against women). In G. Nathalson & F. Rovetto (Orgs.), Internet e feminismos :olhares sobre violências sexistas desde a América Latina. EDUFBA. https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/libros/pm.3711/pm.3711.pdf

Laudano, C. (2018). #8M Paro internacional de mujeres: Reflexiones en torno a la apropiación feminista de TIC (#8M International Women's Strike: Reflections on the feminist appropriation of ICT). In S. Lago Martínez, A. Álvarez, M. Gendler, & A. Méndez (Eds.), Acerca de la apropiación de tecnologías: Teoría, estudios y debates (About the appropriation of technologies: Theory, studies and debates). Del Gato Gris.

León-Ramos, A. R. (2016). El homo hipertecnologizado (The hypertechnologized homo). Konvergencias. Filosofía y Culturas. Diálogos, 22, 69–89. http://www.konvergencias.net/albertoramos22.pdf

Li, M., Turki, N., Izaguirre, C. R., DeMahy, C., Thibodeaux, B. L., & Gage, T. (2021). Twitter as a tool for social movement: An analysis of feminist activism on social media communities. Journal of Community Psychology, 49(3), 854-868. https://doi.org/10.1002/jcop.22324

Lommel, L. S., Schreier, M., & Fruchtmann, J. (2019). We strike, therefore we are? A twitter analysis of feminist identity in the context of #DayWithoutAWoman. Forum Qualitative Sozialforschung/Forum: Qualitative Social Research, 20(2). https://doi.org/10.17169/fqs-20.2.3229

Luckmann, T. (1973). The Invisible Religion: The Problem Of Religion In Modern Society. Macmillan.

Moreno, A. & Sierra, E. (2016). Capturando el silencio 2.0: El fenómeno Spiral of Silence en Facebook (Capturing Silence 2.0: The Spiral of Silence Phenomenon on Facebook). Debate, 8(7), 48–72.

Murolo, N. L. (2015). Del mito del Narciso a la selfie. Una arqueología de los cuerpos codificados (The Myth of Narcissus to selfie.An Archaeology of the Coded Bodies). Palabra Clave, 18(3), 676–700. https://doi.org/10.5294/pacla.2015.18.3.3

Murray, D. (2013). Tableau Your Data!: Fast and Easy Visual Analysis with Tableau Software. John Wiley & Sons Inc.

Núñez, S., Maceiras, S. D., & Fernández, D. (2021). Twitter activism and ethical witnessing: Possibilities and challenges of feminist politics against gender-based violence. Social Science Computer Review, 39(2), 295-311. https://doi.org/10.1177/0894439319864898

Orbegozo, J., Larrondo, A., & Morales-i-Gras, J. (2020). Influencia del género en los debates electorales en España: análisis de la audiencia social en #ElDebateDecisivo y #L6Neldebate (Influence of gender in electoral debates in Spain: Analysis of the social audience in #ElDebateDecisivo and #L6Neldebate). Profesional de la Información, 29(2). https://doi.org/https://doi.org/10.3145/epi.2020.mar.09

Orbegozo, J., Morales i Gras, J., & Larrondo, A. (2019). Feminismos indignados ante la justicia: la conversación digital en el caso de La Manada (Feminisms outraged at justice: the online conversation on 'La Manada' case). IC: Revista Científica de Información y Comunicación, 16, 211-247. https://doi.org/10.12795/IC.2019.i19.07v

Page, A. & Arcy, J. (2020). #MeToo and the Politics of Collective Healing: Emotional Connection as Contestation. Communication, Culture, and Critique, 13(3), 333-348. https://doi.org/10.1093/ccc/tcz032

Pinto-Veas, I. & Bello-Navarro M. J. (2022). La revuelta performativa. Hacia una noción expandida de cuerpos e imágenes en el espacio público a partir del estallido social chileno (The Performative Revolt. Towards an Expanded Notion of Bodies and Images in Public Space Based on the Chilean Social Outbreak). Cuadernos de Música, Artes Visuales y Artes Escénicas, 17(1), 192-219. https://doi.org/10.11144/javeriana.mavae17-1.rphn

Rhode, D. (1995). Media Images, Feminist Issues. Signs, Journal of Women in Culture and Society, 20(3), 685–710. https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/495006?journalCode=signs

Sánchez Pato, A. (2011). Reseña de “Del deporte y los hombres” de Roland Barthes (Review of “On Sport and Men” by Roland Barthes.) Cultura, Ciencia y Deporte, 6(16), 71–72.

Sepúlveda-Acevedo, F. & Valderrama-Riquelme, J. (2014). Efecto Anclaje y Redes Sociales. Cómo la presencia, ausencia y cantidad de “Me Gusta” puede afectar la percepción de los consumidores (Anchor Effect and Social Networks. How the presence, absence and quantity of likes can affect the perception of consumers) (Degree Project). https://bit.ly/3pgEPd9

Serafini, P. (2020). "A rapist in your path": Transnational feminist protest and why (and how) performance matters". European Journal of Cultural Studies, 23(2), 290–295. https://doi.org/10.1177/1367549420912748

Sosa-Vásquez, M. (2022). Las feministas me bardearon por maradoniana y las maradonianas por feminista: amores y valores en conflicto a partir de la muerte de 'El Diego' para las futbolistas feministas de la capital argentina (The feminists barde me for being a maradoniana and the maradonianas for being a feminist: loves and values in conflict after the death of 'El Diego' for the feminist soccer players of the Argentine capital). Eracle. Journal of Sport and Social Sciences, 4(2), 96. https://doi.org/10.6093/2611-6693/8998

Smith, R. (2020, December 3). The Most Human of Immortals. The New York Times. https://www.nytimes.com/2020/11/25/sports/soccer/diego-maradona.html

Thelandersson, F. (2014). A Less Toxic Feminism: Can the Internet Solve the Age Old Question of How to Put Intersectional Theory into Practice? Feminist Media Studies, 14(3), 527-530. https://doi.org/10.1080/14680777.2014.909169

Thelwall, M. (2009). Introduction to Webometrics: Quantitative Web Research for the Social Sciences. In Synthesis Lectures on Information Concepts, Retrieval, and Services. https://doi.org/10.2200/S00176ED1V01Y200903ICR004

Varela, N. (2019). Feminismo 4.0. La cuarta ola (Feminism 4.0. the fourth wave). Ediciones B.

Zarrabeitia, E., Morales-i-Gras, J., Rio, R. M., & Garechana, G. (2022). Green energy: identifying development trends in society using Twitter data mining to make strategic decisions. Profesional de la Información, 31(1). https://doi.org/10.3145/epi.2022.ene.14