‘Na roça não tem perigo’: informações sobre a COVID-19 entre universitários campesinos

Luiz Paulo Ribeiro; Alida Alves Leal

doi:10.7764/cdi.52.41407

Autores

Luiz Paulo Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais
Alida Alves Leal Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.7764/cdi.52.41407

Palavras-chave:

COVID-19, estudantes campesinos, informações falsas, comunicação e saúde, Brasil

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em analisar a recepção, avaliação e circulação de informações sobre a COVID-19 entre sujeitos que vivem em comunidades rurais situadas em municípios do interior do estado de Minas Gerais, Brasil. Esta investigação faz parte de um projeto de extensão criado em abril de 2020 com 128 estudantes de um curso de formação voltado para professores/as para o trabalho em escolas do campo, oferecido por uma universidade pública federal brasileira. Foi aplicado um questionário com questões fechadas e abertas em três etapas: 35 estudantes na primeira etapa (abril/maio de 2020), 46 estudantes na segunda etapa (julho de 2020) e 29 estudantes na terceira etapa (junho/julho de 2021). Os dados foram tratados através da análise de conteúdo categorial. Os resultados foram organizados nas seguintes categorias: a) meios de comunicação para acesso à informação, b) foco das informações, c) imunização por meio da vacina e d) informações falsas ou duvidosas. É observado um excesso de informações falsas que poderia ter agravado os efeitos da pandemia entre populações rurais e campesinas no contexto analisado. Assim, diante das inseguranças do cenário pandêmico e do modo como a pandemia afeta e é percebida pelas populações rurais, ainda há necessidade de criação de espaços qualificados de acesso à informação científica, assim como de orientações em saúde para essas pessoas.

Biografia do Autor

Luiz Paulo Ribeiro, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte, Brasil. Psicólogo, Doutor e pós-doutor em Educação (UFMG) e Mestre em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência (UFMG). Coordenador do Projeto de Extensão “Povos do Campo e a COVID-19” (LECampo FaE/UFMG). Faz parte do Grupo Impulsor da Red Latinoamericana de Psicología Rural e é vice-coordenador do Doutorado Latino-Americano em Educação da UFMG.

Alida Alves Leal, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Faculdade de Educação/UFMG. Doutora e Mestre em Educação pela FaE/UFMG. Licenciada em Geografia/UFMG. Leciona no Curso de Licenciatura em Educação do Campo/UFMG. Co-coordenadora do Projeto de Extensão “Povos do Campo e a COVID-19” (LECampo FaE/UFMG). Participa do Núcleo de Pesquisa sobre Condição e Formação Docente e da Rede Brasileira por Instituições educativas socialmente justas e aldeias, campos e cidades que educam. Co-Coodenadora do Observatório da Juventude/UFMG.

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